Este espaço tem como intuito dar asas a um projecto que tem sido adiado, no qual pretendo todos os dias fotografar algo ou alguem por quem me cruze.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Para lá do óbvio
A Mulher
"Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!
Como sabes ser doce e desgraçada!
Como sabes fingir quando em teu peito
A tua alma se estorce amargurada!
Quantas morrem saudosa duma imagem.
Adorada que amaram doidamente!
Quantas e quantas almas endoidecem
Enquanto a boca rir alegremente!
Quanta paixão e amor às vezes têm
Sem nunca o confessarem a ninguém
Doce alma de dor e sofrimento!
Paixão que faria a felicidade.
Dum rei; amor de sonho e de saudade,
Que se esvai e que foge num lamento!"
Florbela Espanca
Este poema fez-me relembrar como as pessoas não são capazes de ver, de ver o que está para lá do óbvio, ou seja, na realidade não se vêem umas ás outras...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário